terça-feira, 30 de setembro de 2008

Post Sustentável

É isso aí, entramos na onda da sustentabilidade e vamos reciclar alguns posts. Dessa forma esperamos ajudar na preservação no planeta não produzindo novas besteiras, mas reciclando as antigas. Mais ou menos como a Praça é Nossa faz há mais de 20 anos.


Filosofia e Rock´n Roll

É muito legal ver alguém misturando conhecimentos filosóficos e apresentando-os em forma de música, e de forma tão didática.
Quando assisti a esse filme, em alguma oficina de cinema nos tempos de faculdade, reconheci imediatamente a citação nessa música, cujo clipe, que faz parte do filme, apresento a vocês agora.
Esse clipe é do filme Hedwig – Rock, Amor e Traição, que conta a história de Hansel Schmidt, um jovem que vivia na Alemanha Oriental que se apaixonou por Luther, um soldado americano, mas para se casar com Luther Hedwig, Hansel deveria fazer uma cirurgia de mudança de sexo. A cirurgia dá xabu e sobra uma polegada furiosa, a tal “Angry Inch” do título original. Já como uma “quase mulher” Hedwig vai viver nos EUA, onde trabalha de babá para uma família, e se apaixona pelo filho adolescente dessa família, e.... bom, daqui pra frente você aluga o filme ou baixa ele, porque não vou ficar contando a história.
O que interessa disso tudo é a música "Origin of Love" da banda de glam rock que Hedwig montou. A letra (cifra aqui) toma emprestado um trecho de o Banquete, de Platão, onde Aristófanes apresenta a Erixímaco sua versão para a origem do amor.



Aristófanes diz que no começo existiam 3 gêneros: Masculino, Feminino e o Andrógino. O masculino era descendente do Sol, o feminino da Terra e o andrógino da Lua. Seus corpos possuíam formas parecidas com as de seus genitores. Eles eram arredondados. Além disso, possuíam quatro mãos, quatro pernas, uma cabeça grande com dois rostos opostos, quatro orelhas e dois sexos.
Devido ao vigor desses seres, Zeus ficou medo de que pudessem escalar o céu e acabar com seu reinado. Diante disso, ele pensou na melhor solução, para ele, claro.

“Eu os cortarei a cada um em dois, e ao mesmo tempo eles serão mais fracos e também mais úteis para nós, pelo fato de se terem tomado mais numerosos; e andarão eretos, sobre duas pernas. Se ainda pensarem em arrogância e não quiserem acomodar-se, de novo, disse ele, eu os cortarei em dois, e assim sobre uma só perna eles andarão, saltitando.”

E mandou Apolo virar o rosto das criaturas para o lado da mutilação, assim elas sempre veriam a cicatriz e aprenderiam com isso. Apolo moldou as cicatrizes do corte deixando apenas uma abertura, a que chamamos de umbigo.
Após a separação, cada metade vaga eternamente à procura da outra (tipo aquela música do Fábio Jr. Das metades das laranjas). Se ela tinha dois sexos masculinos, vai procurar sua metade masculina; se era do sexo feminino, vai procurar sua metade feminina; agora, se era andrógina, a parte masculina e a feminina devem se encontrar.

Peguei trechos do Banquete no virtualbooks.terra.com.br, link aqui

3 comentários:

Anônimo disse...

a música é muito boa.

Anônimo disse...

O filme, apesar de algumas cenas que podem chocar alguns, também é muito bom.

Anônimo disse...

é e semana que vem tem show do cult