Na semana passada foi o caso da garotinha encontrada morta dentro de uma mala escondida debaixo das escadas da Rodoviária de Curitiba. Agora entraram o corpo de uma menina de 8 anos em uma matagal da cidade de Castro, cidade próxima de Ponta Grossa. Ambas as garotinhas foram estranguladas e sofreram violência sexual. O negócio está tão feio que já parece rotina ler esse tipo de notícia nos jornais. Mas no jornal é uma coisa, na real é outra.
No sábado presenciei dois cobradores perseguindo um homem e arrancando-o de um bi-articulado prestes a deixar um terminal de ônibus. Gritando ser “temente a Deus” entre outras coisas, o homem foi imobilizado pelos cobradores e por alguém que se dizia agente penitenciário. Perguntei para a moçada que já se aglomerava por ali o que tinha acontecido: O homem, que mais parecia um mendigo, tentou agarrar uma menininha de 8 anos de idade duas vezes. Violência traz mais violência. Um grupo de adolescentes queria linchar o homem, já imobilizado. Linchar por linchar, por diversão, porque deve ser legal espancar alguém até a morte. Avisei a molecada que a polícia já estava chegando e que, se eles começassem a bater no cara, eles é que iriam se ferrar.
Logo depois a polícia chegou e levou o meliante algemado enquanto eu já pegava meu ônibus.
Parece uma praga, um vírus de insanidade e bestialidade que está se espalhando por aí. Alguma coisa que leva pessoas, animais com “polegar opositor e córtex desenvolvido”, a cometer atos extremamente atrozes, primitivos, que deixariam até a mais Pollyanna das pessoas pessimista.
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