quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

The Faces are back

Ron Wood, guitarrista do Rolling Stones, e Rod Stewart, quase pai do filho da Luciana Gimenes, estão de volta com a banda The Faces, sucesso nos anos 60 e 70. Classiqueira.

Ooh La La - The Faces


Os Faces são uma espécie de evolução dos Small Faces, após a entrada de Ron Wood e Rod Stewart. A Small Faces, que já apareceram por aqui com a música Tin Soldier, era uma legítima representante do movimento mod, que ainda faz sucesso com seus terninhos, lambretas e cabelos pinico, ou melhor, moptop.

Maggie May - The Faces

Som bacana, um tanto datado, mas com a dose certa de energia para animar qualquer festinha de condomínio.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ozzy Osbourne

O príncipe das trevas como você nunca viu. Pelo menos eu nunca tinha visto.


Vi lá no Omedi

Clássicos de sexta

Radiohead - Creep

Esse foi o primeiro grande hit do Radiohead e responsável por deslanchar a carreira da banda britânica. Confesso que não sou muito fã da banda, mas a admiro por se reinventar constantemente, sempre em busca de um novo som.



Além de reinventar suas músicas, no ano passado o Radiohead mudou a maneira de comercializar música. Muito serelepes, Tom Yorke e sua turma lançaram seu último disco(?) de graça na internet. Ou melhor, o consumidor definia quanto pagaria para baixar o disco. Sensacional, ponto para a estratégia mercadológica dos caras.
Enfim, o negócio é que, depois de anos de muita especulação (The Cure?) os caras finalmente virão fazer shows no Brasil, a princípio, em duas datas: 20/03 no Rio e 22/03 em São Paulo. Dizem que a abertura pode fica por conta dos Raconteurs ou Sigur Rós ou, meio improvável, Oasis.

Radiohead - Fake Plastics Trees


Meu primeiro contato, como muitos outros brasileiros, com o som da banda foi através do comercial do Carlinhos, aquele do menino com síndrome de Down que brincava com um amiguinho em um Carrossel. Uma prova de que a publicidade é uma bela forma de divulgar músicas. Quem não se lembra dos comerciais dos cigarros Hollywood? Mas isso é outra história.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Anúncio de oportunidade

A notícia é surpreendente e, por que não, engraçada: "Luciana Gimenez escreve roteiro para ela mesma protagonizar"
Mas o que achei engraçado mesmo foi o anúncio de oportunidade que saiu sem querer quando visitei a página com a notícia.



Se o Submarino fizesse por querer, talvez não ficasse tão engraçado.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

E assim vamos indo

Na semana passada foi o caso da garotinha encontrada morta dentro de uma mala escondida debaixo das escadas da Rodoviária de Curitiba. Agora entraram o corpo de uma menina de 8 anos em uma matagal da cidade de Castro, cidade próxima de Ponta Grossa. Ambas as garotinhas foram estranguladas e sofreram violência sexual. O negócio está tão feio que já parece rotina ler esse tipo de notícia nos jornais. Mas no jornal é uma coisa, na real é outra.

No sábado presenciei dois cobradores perseguindo um homem e arrancando-o de um bi-articulado prestes a deixar um terminal de ônibus. Gritando ser “temente a Deus” entre outras coisas, o homem foi imobilizado pelos cobradores e por alguém que se dizia agente penitenciário. Perguntei para a moçada que já se aglomerava por ali o que tinha acontecido: O homem, que mais parecia um mendigo, tentou agarrar uma menininha de 8 anos de idade duas vezes. Violência traz mais violência. Um grupo de adolescentes queria linchar o homem, já imobilizado. Linchar por linchar, por diversão, porque deve ser legal espancar alguém até a morte. Avisei a molecada que a polícia já estava chegando e que, se eles começassem a bater no cara, eles é que iriam se ferrar.

Logo depois a polícia chegou e levou o meliante algemado enquanto eu já pegava meu ônibus.

Parece uma praga, um vírus de insanidade e bestialidade que está se espalhando por aí. Alguma coisa que leva pessoas, animais com “polegar opositor e córtex desenvolvido”, a cometer atos extremamente atrozes, primitivos, que deixariam até a mais Pollyanna das pessoas pessimista.


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Jesus, Maria e José

Dizem que quando o Jesus and Mary Chain tocou aqui em Curitiba, no Circulo Militar, lá pelos idos de mil novecentos e noventa e alguma coisa, os irmãos Reid e trupe mal olharam para a platéia curitibana, tamanha a simpatia dos escoceses. Porra, identificação total entre público e artistas, afinal eles tavam em Curitiba, que tem o irônico (irônico mesmo) apelido de "Cidade Sorriso".

Darklands

Shoegazer é apelido

Happy When it Rains

Muito pop rapaziada

Amanhã tem show dos caras em São Paulo, mas acho que eles combinam mais com a Pedreira e no invernão.

Musa da Semana

Fazia tempo, hein ...

Carla Gugino
A nossa Musa da Semana foi escolhida devido a proximidade do lançamento do filme Watchmen, obra-prima dos quadrinhos. No filme ela faz o papel de Espectral.
Não é de hoje que Carlinha interpreta papéis ligados aos quadrinhos. Também foi dela o papel de oficial de condicional (acho que era isso) do Marvin em Sin City.


A garota tem talento.



quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Sacanearam com a Disney

Adoro esse lance de customização da informação que acontece na internet. Olha só o que fizeram com esses filmes da Disney, estúdio com grande tradição em criar desenhos animados, filmes e seriados recheados de bom-mocismo.

Gay Leão



A Piranha Sereia

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Tim Maia

Esse era foda



Também é autor da frase: "O Brasil é o único país do mundo onde puta goza , cafetão sente ciúme , traficante é viciado e pobre é de direita"

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Menina?

E esse negócio da imprensa de sempre que fala algo sobre Eloá Cristina Pimentel se referir a ela como a "menina Eloá".
Parece mais uma jogada para vitimar ainda mais a garota. Tudo bem, ela foi morta tragicamente, mas alguém que com 12 anos namora um homem de 19 - na minha opinião - não é mais tão menina assim.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Tema do Mario na Balalaika

Carinha estranho tocando balalaika em um cenário que mais parece a casa da vovó, só podia ser Made in Moscow.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Associação de cegos dos EUA planeja protestos contra filme de Meirelles"

"I like it"

'Ensaio sobre a cegueira' estréia nesta sexta-feira (3) no país. Presidente de entidade diz que filme reforça estereótipos negativos.

Nem viram o filme pra dizer se é bom ou ruim. Não, não estou fazendo humor negro com cegos reclamando de um filme que, óbvio, não conseguiriam assistir. É que o filme ainda não estreou lá nos Estados Unidos.

Mônica e Eduardo

Pelo bem de uma internet mais limpa e, por que não dizer culta, mais um texto do Adolar Gangorra reciclado das profundezas do ciberespaço.
Você conhece a música, você já cantou a música, quem você até já tocou essa música em um churras da faculdade. Agora, entenda o que ela quer dizer. Com vocês:

Análise Comportamental crítica sobre Eduardo e Mônica

O falecido Renato Russo era, sem dúvida, um ótimo músico e um excelente letrista. Escreveu verdadeiras obras de arte cheias de originalidade e sentimento. Como artista engajado que era, defendia veementemente seus pontos de vista nas letras que criava. E por isso mesmo, talvez algumas delas excedam a lógica e o bom senso.

Como no caso da música Eduardo e Monica, do álbum Dois da Legião Urbana, de 1986, onde a figura masculina (Eduardo) é tratada sempre como alienada e inconsciente enquanto a feminina (Monica) é a portadora de uma sabedoria e um estilo de vida evoluidíssimos.

Analisemos o que diz a letra. Logo na segunda estrofe, o autor insinua que Eduardo seja preguiçoso e indolente ("Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar; Ficou deitado e viu que horas eram") ao mesmo tempo que tentar dar uma imagem forte e charmosa à Monica ("enquanto Monica tomava um conhaque noutro canto da cidade como eles disseram"). Ora, se esta cena tiver se passado de manhã, como é provável, Eduardo só estaria fazendo sua obrigação: acordar. Já Mônica revelaria-se uma cachaceira profissional, pois virar um conhaque antes do almoço é só para quem conhece muito bem o ofício.

Mais à frente, vemos Russo desenhar injustamente a personalidade de Eduardo de maneira frágil e imatura ("Festa estranha, com gente esquisita..."). Bom, "Festa Estranha" significa uma reunião de porra-loucas atrás de qualquer bagulho para poder fugir da realidade com a desculpa esfarrapada de que são contra o sistema. "Gente esquisita" é, basicamente, um bando de sujeitos que têm o hábito gozado de dar a bunda após cinco minutos de conversa. Também são as garotas mais horrorosas da Via-Láctea. Enfim, esta era a tal "festa legal" em que Eduardo estava. O que mais ele podia fazer? Teve que encher a cara pra agüentar aquele pesadelo, como veremos a seguir.

Assim temos ("- Eu não estou legal. Não agüento mais birita"). Percebe-se que o jovem Eduardo não está familiarizado com a rotina traiçoeira do álcool. É um garoto puro e inocente, com a mente e o corpo sadios. Bem ao contrário de Monica, uma notória bêbada sem-vergonha do underground. Adiante, ficamos conhecendo o momento em que os dois protagonistas se encontraram ("E a Monica riu e quis saber um pouco mais Sobre o boyzinho que tentava impressionar"). Vamos por partes: em "E a Monica riu" nota-se uma atitude de pseudo-superioridade desumana de Monica para com Eduardo. Ela, bêbada inveterada, ri de um bêbado inexperiente!

Mais à frente, é bom esclarecer o que o autor preferiu maquiar. Onde lê-se "quis saber um pouco mais" leia-se "quis dar para"! É muita hipocrisia tentar passar uma imagem sofisticada da tal Monica. A verdade é que ela se sentiu bastante atraída pelo "boyzinho que tentava impressionar"! É o máximo do preconceito leviano se referir ao singelo Eduardo como "boyzinho"... Não é verdade. Caso fosse realmente um playboy, ele não teria ido se encontrar com Monica de bicicleta, como consta na quarta estrofe ("Se encontraram então no parque da cidade A Monica de moto e o Eduardo de camelo"). A não ser que o Eduardo fosse um beduíno, e estivesse realmente de camelo, mas ainda nesse caso não seria um "boyzinho". Se alguém aí age como boy, esta seria Monica, que vai ao encontro pilotando uma ameaçadora motocicleta. Como é sabido, aos 16 ("Ela era de Leão e ele tinha dezesseis") todo boyzinho já costuma roubar o carro do pai, principalmente para impressionar uma maria-gasolina como Monica.

E tem mais: se Eduardo fosse mesmo um playboy, teria penetrado com sua galera na tal festa, quebraria tudo e ia encher de porrada o esquisitão mais fraquinho de todos na frente de todo mundo, valeu? Na ocasião do seu primeiro encontro, vemos Monica impor suas preferências, uma constante durante toda a letra, em oposição a uma humilde proposta do afável Eduardo ("O Eduardo sugeriu uma lanchonete, mas a Monica queria ver um filme do Godard"). Atitude esta nada democrática para quem se julga uma liberal. Na verdade, Monica é o que se convencionou chamar de P.I.M.B.A (Pseudo Intelectual Metido à Besta e Associados, ou seja, intelectuerdas, alternativos, cabeças e viadinhos vestidos de preto, em geral), que acham que todo filme americano é ruim e o que é bom mesmo é filme europeu, de preferência francês, preto e branco, arrastado pra caralho e com muitas cenas de baitolagem.


Em seguida Russo utiliza o eufemismo "menina" para se referir suavemente à Monica ("O Eduardo achou estranho e melhor não comentar, mas a menina tinha tinta no cabelo"). Menina? Pudim de cachaça seria mais adequado. À pouco vimos Monica virar um Dreher na goela logo no café da manhã e ele ainda a chama de menina? Note que Russo informa a idade de Eduardo, mas propositadamente omite a de Monica. Além disto, se Monica pinta o cabelo é porque é uma balzaca querendo fisgar um garotão viril ou porque é uma baranga escrota mesmo.

O autor insiste em retratar Monica como uma gênia sem par. ("Ela fazia Medicina e falava alemão") e Eduardo como um idiota retardado ("E ele ainda nas aulinhas de inglês"). Note a comparação de intelecto entre o casal: ela domina o idioma germânico, sabidamente de difícil aprendizado, já tendo superado o vestibular altamente concorrido para medicina. Ele, miseravelmente, tem que tomar aulas para poder balbuciar "iéis", "nou" e "mai neime is Eduardo"! Incomoda como são usadas as palavras "ainda" e "aulinhas", para refletir idéias de atraso intelectual e coisa sem valor, respectivamente. Coitado do Eduardo, é um jumento mesmo...

Na seqüência, ficamos a par das opções culturais dos dois ("Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud"). Temos nesta lista um desfile de ícones dos P.I.M.B.As, muito usados por quem acha que pertence a uma falsa elite cultural. Por exemplo, é tamanha uma pretensa intimidade com o poeta Manuel de Souza Carneiro Bandeira Filho, que usou-se a expressão "do Bandeira". Francamente, "Bandeira" é aquele juiz que fica apitando impedimento na lateral do campo. O sujeito mais normal dessa moçada aí, cortou a orelha por causa de uma sirigaita qualquer. Já viu o nível, né? Só porra-louca de primeira. Tem um outro peroba aí que tem coragem de rimar "Êta" com "Tiêta" e neguinho ainda diz que ele é gênio!

Mais uma vez insinua-se que Eduardo seja um imbecil acéfalo ("E o Eduardo gostava de novela") e crianção ("E jogava futebol de botão com seu avô"). A bem da verdade, Eduardo é um exemplo. Que adolescente de hoje costuma dar atenção a um idoso? Ele poderia estar jogando videogame com garotos de sua idade ou tentando espiar a empregada tomar banho pelo buraco da fechadura, mas não. Preferia a companhia do avô em um prosaico jogo de botões! É de tocar o coração. E como esse gesto magnânimo foi usado na letra? Foi só para passar a imagem de Eduardo como um paspalho energúmeno. É óbvio, para o autor, o homem não sabe de nada. Mulher sim, é maturidade pura.

Continuando, temos ("Ela falava coisas sobre o Planalto Central, também magia e meditação"). Falava merda, isso sim! Nesses assuntos esotéricos é onde se escondem os maiores picaretas do mundo. Qualquer chimpanzé lobotomizado pode grunhir qualquer absurdo que ninguém vai contestar. Por que? Porque não se pode provar absolutamente nada ... Vale tudo! É o samba do crioulo doido. E quem foi cair nessa conversa mole jogada por Monica? Eduardo é claro, o bem intencionado de plantão. E ainda temos mais um achincalhe ao garoto ("E o Eduardo ainda estava no esquema "escola - cinema - clube - televisão"). O que o Sr. Russo queria? Que o esquema fosse "bar da esquina - terreiro de macumba - sauna gay - delegacia"?? E qual é o problema de se ir a escola, caramba?!?

Em seguida, já se nota que Eduardo está dominado pela cultura imposta por Monica ("Eduardo e Monica fizeram natação, fotografia, teatro, artesanato e foram viajar"). Por ordem: 1) Teatro e artesanato não costumam pagar muito imposto. 2) Teatro e artesanato não são lá as coisas mais úteis do mundo. 3) Quer saber? Teatro e artesanato é coisa de viado!!!

Agora temos os versos mais cretinos de toda a letra ("A Monica explicava pro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar"). Mais uma vez, aquela lengalenga esotérica que não leva a lugar algum. Vejamos: Monica trabalha na previsão do tempo? Não. Monica é geóloga? Não. Monica é professora de química? Não. Mônica é alguma aviadora? Também não. Então que diabos uma motoqueira transviada pode ensinar sobre céu, terra, água e ar que uma muriçoca não saiba? Novamente, Eduardo é retratado como um debilóide pueril capaz de comprar alegremente a Torre Eiffel após ser convencido deste grande negócio pelo caô mais furado do mundo. Santa inocência ...


Ainda em "Ele aprendeu a beber", não precisa ser muito esperto pra sacar com quem... é claro, com Monica, a campeã do alambique! Eduardo poderia ter aprendido coisas mais úteis como o código morse ou as capitais da Europa, mas não. Acharam melhor ensinar para o rapaz como encher a cara de pinga. Muito bem, Monica! Grande contribuição!

Depois, temos "deixou o cabelo crescer". Pobre Eduardo. Àquela altura, estava crente que deixar crescer o cabelo o diferenciaria dos outros na sociedade. Isso sim é que é ativismo pessoal. Já dá pra ver aí o estrago causado por Monica na cabeça do iludido Eduardo. Sempre à frente em tudo, Monica se forma quando Eduardo, o eterno micróbio, consegue entrar na universidade ("E ela se formou no mesmo mês em que ele passou no vestibular"). Por esse ritmo, quando Eduardo conseguir o diploma, Monica deverá estar ganhando o seu prêmio Nobel. Outra prova da parcialidade do autor está em ("porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação"). É interessante notar que é o filho do Eduardo e não de Monica, que ficou de segunda época. Em suma, puxou ao pai e é burro que nem uma porta.

O que realmente impressiona nesta letra é a presença constante de um sexismo estereotipado. O homem é retratado como sendo um simplório alienado que só é salvo de uma vida medíocre e previsível graças a uma mulher naturalmente evoluída e oriunda de uma cultura alternativa redentora. Nesta visão está incutida a idéia absurda que o feminino é superior e o masculino, inferior. Bem típico de algum recalque homossexual do autor, talvez magoado com a natureza masculina. É sabido que em todas culturas e povos existentes, o homem sempre oprimiu amulher. Porém, isso não significa, em hipótese alguma, que estas sejam melhores que os homens. São apenas diferentes. Se desde o começo dos tempos o sexo feminino fosse o dominador e o masculino o subjugado, os mesmos erros teriam sido cometidos de uma maneira ou de outra.

Por quê? Ora, porque tanto homens, mulheres e colunistas sociais fazem parte da famigerada raça humana. E é aí que sempre morou o perigo. Não importa que seja Eduardo, Mônica ou até... Renato!

Adolar Gangorra tem 71 anos, é editor do periódico humorístico Os Reis da Gambiarra e não perde um show sequer dos The Fevers.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Post Sustentável

É isso aí, entramos na onda da sustentabilidade e vamos reciclar alguns posts. Dessa forma esperamos ajudar na preservação no planeta não produzindo novas besteiras, mas reciclando as antigas. Mais ou menos como a Praça é Nossa faz há mais de 20 anos.


Filosofia e Rock´n Roll

É muito legal ver alguém misturando conhecimentos filosóficos e apresentando-os em forma de música, e de forma tão didática.
Quando assisti a esse filme, em alguma oficina de cinema nos tempos de faculdade, reconheci imediatamente a citação nessa música, cujo clipe, que faz parte do filme, apresento a vocês agora.
Esse clipe é do filme Hedwig – Rock, Amor e Traição, que conta a história de Hansel Schmidt, um jovem que vivia na Alemanha Oriental que se apaixonou por Luther, um soldado americano, mas para se casar com Luther Hedwig, Hansel deveria fazer uma cirurgia de mudança de sexo. A cirurgia dá xabu e sobra uma polegada furiosa, a tal “Angry Inch” do título original. Já como uma “quase mulher” Hedwig vai viver nos EUA, onde trabalha de babá para uma família, e se apaixona pelo filho adolescente dessa família, e.... bom, daqui pra frente você aluga o filme ou baixa ele, porque não vou ficar contando a história.
O que interessa disso tudo é a música "Origin of Love" da banda de glam rock que Hedwig montou. A letra (cifra aqui) toma emprestado um trecho de o Banquete, de Platão, onde Aristófanes apresenta a Erixímaco sua versão para a origem do amor.



Aristófanes diz que no começo existiam 3 gêneros: Masculino, Feminino e o Andrógino. O masculino era descendente do Sol, o feminino da Terra e o andrógino da Lua. Seus corpos possuíam formas parecidas com as de seus genitores. Eles eram arredondados. Além disso, possuíam quatro mãos, quatro pernas, uma cabeça grande com dois rostos opostos, quatro orelhas e dois sexos.
Devido ao vigor desses seres, Zeus ficou medo de que pudessem escalar o céu e acabar com seu reinado. Diante disso, ele pensou na melhor solução, para ele, claro.

“Eu os cortarei a cada um em dois, e ao mesmo tempo eles serão mais fracos e também mais úteis para nós, pelo fato de se terem tomado mais numerosos; e andarão eretos, sobre duas pernas. Se ainda pensarem em arrogância e não quiserem acomodar-se, de novo, disse ele, eu os cortarei em dois, e assim sobre uma só perna eles andarão, saltitando.”

E mandou Apolo virar o rosto das criaturas para o lado da mutilação, assim elas sempre veriam a cicatriz e aprenderiam com isso. Apolo moldou as cicatrizes do corte deixando apenas uma abertura, a que chamamos de umbigo.
Após a separação, cada metade vaga eternamente à procura da outra (tipo aquela música do Fábio Jr. Das metades das laranjas). Se ela tinha dois sexos masculinos, vai procurar sua metade masculina; se era do sexo feminino, vai procurar sua metade feminina; agora, se era andrógina, a parte masculina e a feminina devem se encontrar.

Peguei trechos do Banquete no virtualbooks.terra.com.br, link aqui

Isso não é uma cilada, Bino

Sensacional essa apresentação de While My Guitar Gently Weeps para um concerto em homenagem a George Harrison, o "Beatle tímido". Com a participação de Paul McCartney, Ringo Starr e Eric Clapton (que gravou o solo dessa música para os Beatles) e mais uma patota de músicos de primeira.


Engraçado ver o filho de George, Danni Harrison tocando ao lado de ex-companheiros de seu pai. A semelhança entre pai e filho é tanta que parece que quem está ali no palco é o próprio homenageado.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Tô falando

Coincidência?

"Aos 45 anos, Cláudia Ohana assinou contrato com a "Playboy" para ser a capa de novembro. Em 1985, ela já havia posado nua para a revista"

fonte Folha


"Essa juventude tá muito mudada"

Acho ridículo essa molecada usar um "anel de pureza" para mostrar pra todo mundo que ainda são virgens. A Caroline Miranda, sobrinha da Gretchen, fez um pornô dia desses. Ela teve de perder o anel (só fez sexo anal), mas continua virgem (pelo menos na teoria).

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Promessa é dívida

Esse maluco prometeu que não faria a barba enquanto o Metallica não lançasse um CD com músicas inéditas. Resultado: Ele ficou 2 anos sem fazer a barba, que foi devidamente raspada por James Hetfield após um show da banda.


Ah, você achou doido é... Agora, imagine se esse doido fosse fã do Guns n' Roses e tivesse feito a mesma promessa de só raspar a barba depois do lançamento de Chinese Democracy. Fomos além e fizemos uma espectativa de como o cara ficaria.

Assustador.

Sacanearam com a Gi

Pô, o novo anúncio da W/Brasil para Grendene sacaneou a Gisele Bündchen. Transformaram ela na Claudia Ohana com essa Mata Atlântica cobrindo seu corpo.


Não entendeu a piada? Clique aqui

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

COMO ME FUDI NO SHOW DO LOS HERMANOS

Vi uma notícia de que o Marcelo Camelo, o hermano que apanhou do Chorão, vai participar do Tim Festival com um show do seu disco solo, e lembrei desse maravilhoso texto que já circula há um bom tempo no inconsciente coletivo que é essa internet.

É longo, eu sei, mas é bom pra caralho, e o melhor de tudo é que vai encher essa página, parecer que escrevemos pra cacete e aidna trazer paraquedistas de plantão.


COMO ME FUDI NO SHOW DO LOS HERMANOS

Voltei para o Brasil há pouco tempo. Vivia com minha família na Inglaterra desde garoto. Estou morando no Rio de Janeiro há uns três meses e agora estou começando a me enturmar na Universidade. Não sei de muita coisa do que está rolando por aqui, então estou querendo entrar em contato com gente nova e saber o que tá acontecendo no meu país e, principalmente, entrar em contato umas garotas legais, né?

Mas foi meio por acaso que eu conheci uma menina maneiríssima chamada Tainá. Diferente esse nome, hein? Nunca tinha ouvido. Estava procurando desesperadamente um banheiro no campus quando vi uma porta que parecia ser a de um. Na verdade, era o C.A. da Antropologia. A garota já foi logo me perguntando se eu queria me registrar em algum movimento estudantil de não sei lá o que. Que bacana! Que politizada ela era! E continuou a me explicar a importância de eu me conscientizar enquanto enrolava em beque da grossura de uma garrafa térmica. Pensei em dizer que estava precisando cagar muito rápido, mas ela era tão gata que eu falei que sim. Tainá: cabelos pretos, baixinha e com uma estrutura rabial nota dez… Aí, acho que ela me deu um certo mole… Conversa vai, conversa vem, ela me chamou para um show de uma banda naquela noite que eu nunca tinha ouvido falar: Loser Manos. Nome engraçado esse! Estava fazendo uma força sobre-humana para manter a moréia dentro da caverna, mas realmente tava foda. Continuamos conversando e rindo. Ela riu até bastante, mas eu, na verdade, tava mesmo rilhando os dentes porque assim ficava mais fácil disfarçar as contrações faciais que eu estava tendo ao travar o meu cu para não cagar ali mesmo na frente dela.

Pensando bem, eu tinha ouvido falar sim alguma coisa sobre essa banda lá na Europa ainda, mas não lembro bem o quê. Ah, acho que vi esses caras hoje no noticiário local dando uma entrevista. Achei que fosse uma banda de crentes tradicionalistas tipo Amish.Todos de barba, com umas roupas meio fudidas. Parecia até a Família Buscapé! Dão a impressão de ser uns sujeitos legais, mas o que me chamou a atenção mesmo foi o jeito da repórter, como se fosse a fã nº 1 deles, como se estivesse cobrindo a volta do Beatles ou coisa parecida. Não entendi esse jeito “vibrão” de trabalhar. Bom, mas se eu conseguir ficar com o bicho bom da Tainá hoje à noite, já tô no lucro! Marcamos de nos encontrar na entrada do ginásio. Rapaz, acho que tô dando sorte aqui no Brasil!

Ia ser fácil achar essa garota no meio da multidão. Ela se veste de uma maneira estilosa, diferente, bem individual: sandália de dedo, saia indiana, camiseta de alça, uma bolsa a tiracolo e o mais interessante: um óculos retangular, de armação escura e grossa, engraçado até! Depois de uns mil “Desculpe, achei que você fosse uma amiga minha.”, finalmente encontrei Tainá e seu grupo de amigos. Cacete, isso sim é que é moda! Parecia uniforme de escola!

Ela me apresentou suas amigas, Janaína e Ana Clara e seus respectivos namorados, Francisco e Bento. Uma mistura de fazendeiros com intelectuais. Um cara de macacão, de sandália de pneu e com ar professoral. Outro de colete, tênis adidas, óculos e também com ar professoral. Pareciam ser legais, “do bem” como eles mesmo falam… Mas que não me deram muita conversa. “Do bem”, isso mesmo! Gíria nova… Todos aqui são “do bem”. E que nomes tão simples e idílicos! Janaína, Ana Clara, Francisco, Bento e Tainá. Nada de Rogérios ou Robertos. E eu que já tava me sentindo meio culpado por me chamar Washington… Realmente estava no meio de uma nova época da juventude universitária brasileira!

Comecei a conversar com a Tainá antes que a banda entrasse no palco. Aí… acho que tá rolando uma condição até! Quem sabe posso me dar bem hoje? Ela começou a falar de música: “De quem você é fã?”, perguntou. Pô, eu me amarro no George…” Ela imediatamente me interrompeu, dizendo alto: “Seu Jorge? Eu também amo o Seu Jorge!” Puxa, que legal! Ela gosta tanto do George Harrison que se refere a ele com uma intimidade única! Chama ele de “Seu”! Seu Jorge! Isso é que é fã! “Legal você já conhecer ele, hein? Eu sabia que ele ia se dar bem na Europa! O Seu Jorge é um gênio!” , ela emendou. Pô, eu morava na Inglaterra. Como eu não ia conhecer o George Harrison?

Essa eu não entendi…

Depois ela perguntou quais bandas que eu gostava. “Eu curtia aquela banda da Bahia…”.

“Ah, Os Novos Baianos, né?? Adoro também!” “Não, Camisa de Vênus! “Silvia! Piranha!” cantei, rindo. A cara que ela fez foi de quem tinha bebido um balde de suco de limão com sal. Senti que ela não gostou muito da piada. Tentei consertar: “Achava eles engraçados, mas era coisa de moleque mesmo, sabe?” Óbvio que não funcionou… Aí, acho que dei um fora…

Depois, Tainá foi me explicando que o tal Loser Manos é a melhor banda do Brasil, etc., etc., etc., e que eles “promovem um resgate da boa música brasileira”. “Tipo Os Raimundos com o forró?”, perguntei. “Claro que não!”, disse ela meio exaltada! Ela me falou que não se pode comparar os Los Hermanos com nada porque “eles são únicos”, apesar de hoje existirem excelentes artistas já reverenciados pela mídia do Rio de Janeiro como Pedro Luis e a Parede, Paulinho Moska, O Rappa, Ed Motta, Orquestra Imperial, Max de Castro, Simoninha e Farofa Carioca. Ela mencionou também “Marginalia” ou coisa parecida. Foi isso mesmo que eu ouvi? Achei que ela estivesse elogiando eles… Esses foram os nomes artísticos mais escrotos que já tinha ouvido, mas fiquei quieto. Fico feliz em saber sobre essa nova onda musical pois quando sai do Brasil o que fazia sucesso no Rio era Neuzinha Brizola e seu hit “Mintchura”. Ainda bem que tudo mudou, né?

Só depois percebi que o nome da banda é em espanhol: Los Hermanos. Ah bom! Mas se eles são tão brasileiros assim porque não se chamam “Os Irmãos”? Quando saí daqui os nomes de muitas bandas costumavam ser em inglês e até em latim. Ainda bem que essa moda de nomes de bandas em espanhol não pegou no Brasil!

Pelo que me lembro, ao explicar qual é a dos “Hermanos”, ela usou a expressão “do bem” umas 37 vezes e disse que eles falam de romantismo, lirismo, samba e circo. Legal, mas circo? Pô, circo é foda! Uma tradição solidificada nos tempos medievais que ganha dinheiro maltratando animais. Onde está a poesia de ver um urso acorrentado pelo pescoço tentando se equilibrar miseravelmente em cima de uma bola enquanto é puxado por um cara com um chicote na mão? Rá, rá, rá… Engraçado pra caralho! Na boa, circo é meio deprimente. Palhaço de circo só troca tapão na cara e espirra água nos olhos dos outros com flor de lapela e quando sai do picadeiro, vai chorar no camarim. Que merda! A única coisa legal no circo mesmo é quando ele pega fogo! Isso sim que é um espetáculo de verdade! Aquela correria toda, etc. Senti que essa galera se amarra em circo. Não faz sentido se eles são tão politicamente corretos assim, né? E os pobres animais? E eu querendo não passar em branco na conversa com a Tainá, mas não conseguia lembrar de jeito nenhum a única coisa que eu sabia sobre a banda… Cacete…! O que era mesmo?

De repente, uma gritaria histérica! O show tava começando! O ginásio veio a baixo! Perguntei pra ela: “Eles são todo irmãos, né, tipo o Hanson?” Ela disse um “não” esquisito, como se eu tivesse debochando. Todos eles usam uma barba no estilo Velho Testamento e se chamam “Los Hermanos”! O que ela queria que eu pensasse? Após ouvir a primeira música deu pra ver que os caras são profissionais mesmo, tocam muito bem e são completamente idolatrados pelo público, para dizer o mínimo. Fiquei prestando atenção ao show. Pô, as músicas são boas! Dá pra ver uma influência de Weezer, Beatles e Chico Buarque. Esse aí é fodão, excelente compositor mesmo. Lá na Inglaterra conhecia uns caras que eram ligados ao movimento “Dark”, como chamam por aqui. São os sujeitos que gostam de The Cure, Bauhaus, Sister of Mercy, etc. E tem a maior galera aqui no Brasil também que se veste de preto, não toma sol, curte um pessimismo niilista e se amarra nessas bandas. Mas se eles sacassem que o Chico Buarque é o genuíno artista “Dark” brasileiro… Pô, é só ouvir as músicas dele pra perceber: “Morreu na contra-mão atrapalhando o tráfego” ou “O tempo passou na janela é só Carolina não viu”. “Pai, afasta de mim esse cálice, de vinho tinto de sangue” ou “Taca pedra na Geni, taca bosta na Geni, ela é boa pra apanhar, ela é boa de cuspir, ela dá pra qualquer um, maldita Geni”. Tudo alegrão, né? Se eu fosse dark, só ia ouvir Chico Buarque, brother!
Tentei reengatar a conversa dizendo que achava ao baixista o melhor músico dos Los Hermanos. Ela respondeu, meio irritada: “Mas ele não é da banda!” Como eu ia saber? O cara tem barba também! Aí, não tô entendendo mais nada…

Adiante, ela me disse que o cara que ela mais gostava na banda era um tal de Almirante. Depois de alguns minutos deu pra ver que o camarada imita um pouco os trejeitos do Paul McCartney, só que em altíssima rotação. Ele fica se contorcendo feito um maluco enquanto os outros ficam estáticos. É engraçado até! Parece que ele tem uma micose num lugar difícil de coçar! E fica falando e rindo direto. Ele é o irmão gaiato do cara que canta a maioria das músicas, o tal de Marcelo Campelo, como anunciaram no noticiário local hoje. Isso mesmo, Marcelo e Almirante Campelo: “Os Irmãos”! Legal! Já tava me inteirando! Ah, e tem também dois gordinhos de barba que estão lá também, mas devem ser filhos de outro casamento…

Tava um calor desgraçado, coisa que eu realmente não estou mais acostumado. Fui rapidão ao bar pra beber alguma coisa. Comprei umas quatro latas de refrigerante que era o único troço que tava gelado para oferecer para meus novos amigos: “Aí, trouxe umas coca-colas pra vocês!” Ouvi a seguinte resposta: “Coca-Cola? Isso é muito imperialista… Guaraná é que é brasileiro!” Puxa, que pessoal politizado… Isso mesmo, viva o Brasil! “Yankees, go home”, rá, rá! Outro fora que eu dei! Mas, pensando bem, eles não usam o Windows e o Word pra fazer trabalhos da universidade? Ou usam o “Janelas”? Dessas coisas gringas não é tão mole de abrir mão, né? Mais fácil não tomar Coca-Cola! Isso sim que é ativismo estudantil consciente! Posicionamentos políticos à parte, tava quente pra burro, então bebi tudo sob o olhar meio atravessado de todos eles… fazer o quê?

Lá pelas tantas, começou uma música e todo mundo berrou e pulou. Parecia o fim do mundo. Logo nos primeiros acordes, reconheci o som e falei pra Tainá: “Ah, eu sei o que é isso! É um cover do Weezer! Me amarro em Weezer!” Ela olhou pra mim com uma cara indignada e disse: “Que Weezer o quê? O nome dessa música é “Cara Estranho”. Já vi que não gostou de novo… Mas quem sou eu pra dizer algum coisa aqui, né? Porra, mas que parece, parece! Mas o que era mesmo que eu não consigo lembrar de jeito nenhum sobre eles? Acho que conheço alguma outra música deles… Só não consigo dizer qual…

Sabia que se eu quisesse me dar bem logo com a Tainá teria que ser entre uma música e outra pois parecia que ela estava vendo um disco voador pousar enquanto os caras tocavam. Resolvi fazer uma piada pra descontrair, que sempre rola em shows. Quando o Campelo tava falando alguma coisa qualquer, berrei: “Filha da putaaaaaaaaaa!” Pra que? Tainá e sua milícia hermanista me deram uma cutucada monstra na costela que me fez enxergar em preto e branco uns 5 minutos! Pô, todo show alguém grita isso! É quase uma tradição até! Eu me amarro no cara! E é só uma piada! Aí, esse pessoal leva tudo muito a sério! Caralho… Pensei em pegar uma camisinha da minha carteira e fazer um balão e jogar pra cima, como rola em todo show, pra mostrar pra Tainá que eu sou uma cara consciente, tipo: “Aí, Tainazão, se tu se animar, eu tô preparado!”, mas depois dessa vi que senso de humor não é o forte dessa galera…

O tempo tava passando e nada de eu ficar com minha nova amiguinha. Quando fui tentar falar uma coisa no ouvido dela, foi o exato momento em que começou uma outra música. Foi aí que a louca deu um grito e um pulão tão altos que eu levei uma cabeçada violenta bem no meio do meu queixo! Ela não sentiu nada, óbvio, pois estava em transe hipnótico só por causa de uma canção sobre a beleza de ser palhaço ou lirismo do samba ou qualquer outra coisa do gênero. A porrada foi tão forte que eu mordi um pedaço da língua. Minha boca encheu d´água e sangue na hora. Enquanto eu lutava pra não desmaiar, instintivamente enfiei a manga da minha camisa na boca pra estancar o sangue e não cuspir tudo em cima de Ana Claudia e Jandaína or something. Só que estava tão tonto com a cabeçada que tive que me segurar em uma ou outra pessoa pra não cair duro no chão. Foi quando ouvi: “Nossa, que horror! Lança-perfume! Esse playboy tá doidão de lança! Que decadência…” Lança-perfume? Cara, lógico que não! E mesmo que tivesse, todo show tem isso! Mas nesse, não pode. É “do bem”. É feio ter alguém cheirando loló!! Pô, todo show que eu fui na vida tinha alguém movido a clorofórmio. Aqui, não. Que merda…

Babei na minha camisa até o ponto dela ficar ensopada! Fui ao banheiro tentar me recuperar do cacete que tomei. Lavei o rosto e tirei a camisa. Quando voltava passei por uma galera e ouvi resmungarem alguma coisa do tipo: “…e esse mala aí sem camisa…” Porque não se pode tirar a camisa num show? Isso aqui não é só uma apresentação de uma banda? Parecia que eu ainda estava na Europa! Regulões do caralho… E, afinal, o que significa “mala”?

Estava enxergando tudo embaçado e notei que minhas lentes de contato tinham saltado pra longe com a cabeça-aríete de Tainá e esmagadas por centenas de sandálias de dedo. Lembrei que sempre levo um par de lentes extras no bolso. É uma parada moderna que eu achei lá em Londres. Um estojo ultrafino com uma película de silicone transparente dentro que mantém as lentes umedecidas e prontas para uso. Abri o estojo e peguei cuidadosamente a película com as duas mãos e elevei-a contra a luz para conseguir achar as lentes. Estiquei os polegares e indicadores, encostando uns nos outros, para abrir a película entre esses dedos. Balançava o negócio levemente, de um lado para o outro, contra a pouca luz que vinha do palco para conseguir localizar as lentes. Não estava enxergando nada direito! Quando tava lá com as mãos pra cima, fazendo uma força absurda pra achar as lentes, um dos caras legais com nomes simples, me deu um puta safanão no ombro. É claro que o silicone voou longe também… Caralho, minhas lentes! Custaram uma fortuna! Que filho da puta! “Que sinal é esse que tu fazendo aí, meu irmão? Tá desrespeitando as meninas?”
“Que sinal?? Que sinal??”, respondi, assustado!
“De buceta, palhaço!”, apertando o meu braço que nem um aparelho de pressão desregulado. “Você tá no show do Los Hermanos, ouviu? Los Hermanos! Ninguém faz sinal de buceta em um show do Los Hermanos, sacou?”, gritou o tal hipponga na minha cara.

Que viado, eu não tava fazendo nada! Parecia uma freira de colégio! Que lance é essa de buceta? Da onde esse prego tirou isso? As meninas… (Perái! Menina? A mais nova aí tem uns 25!) ficaram me olhando com a cara mais escrota do mundo! A essa altura, já tinha percebido que não ia agarrar a Tainá nem que eu fosse o próprio Caetano Veloso! “Bento”, que nome mais ridículo… Isso aqui é um show ou uma reunião de alguma seita messiânica escolhida para repovoar a Terra?

Caramba, que noite infernal! Tava com a língua sangrando, sem enxergar direito, só de calça, arrotando sem parar e puto da vida porque só tinha aceitado vir aqui por causa de mulher. Estava no meu limite. Isso era um show ou uma convenção do Santo Daime? Que patrulhamento! E, de repente, vejo Tainá e seus amigos olhando pra mim atravessado e cantando a seguinte frase: “Quem se atreve a me dizer do que é feito o samba?” Aí foi demais! Eu me atrevo: Ritmo, melodia e harmonia. Pronto, só isso! Mais nada! Olha só: foda-se o samba, foda-se o circo, foda-se a obsessão por barba da família Campelo e, principalmente, foda-se essa galera “do bem” que está aqui!”

Apesar de tudo, a banda é realmente excelente! O que incomoda mesmo é esse público metido a politicamente correto e patrulhador e a imprensa que força a barra pra vender alguma imagem hipertrofiada do que rola de verdade. Esse climão de festival antigo de música popular brasileira, daqueles com imagens em preto e branco, com todo mundo participando, que volta e meia reprisam na tv, tudo lindo e maravilhoso. “Puxa vida, um novo movimento musical brasileiro!”? “Estamos realmente resgatando a nossa cultura!” ? Que exagero… Ei, é só música pop! MÚSICA POP!

Caralho, finalmente lembrei! Eu conheço uma música deles! Ouvi em Londres!
Numa última tentativa de salvar meu filme com Tainá, na hora do bis, berrei bem alto: “TOCA ANA JULIA!” Só acordei no hospital. Tomei tanta porrada que vou ter que fazer uma plástica pra tirar as marcas de pneu da minha cara! Fui pisoteado! Neguinho ficou puto! Qual é o problema com essa música? Me lembro de estar sendo chutado pela elite dos estudantes universitários brasileiros e da própria Tainá, gritando e me dando um monte de bolsadas na cabeça! Que porra louca! Tentaram me linchar! Ofendi todo mundo! Pô, Ana Julia é uma música boa sim! É um pop bem feito! Se não fosse, o “Seu Jorge” Harrison não teria gravado, né? Se ele não entende de música, quem entende? Me disseram depois que o tal Campelo se retirou do palco chorando, magoado, e o outro irmão mais novo dele, o nervosinho que imita o Paul McCartney, pulou do palco pra me bicar também. Do bem? Do bem é o cacete…

Aí, sinceramente, ainda prefiro o show do Camisa de Vênus…

Adolar Gangorra tem 65 anos, é editor do periódico humorístico Os Reis da Gambiarra e é filho único.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Cachorrada

O que seria de uma machete sem uma bela foto para ilustrá-la?
Vejam só que primor a primeira página do Jornal da Manhã, de Ponta Grossa.

Que bela metáfora visual. Reparem no olhar vigilante dessa senhora e na cara de cachorro sem dono... do cachorro. Você ainda verá muito essa cara durante a campanha dos candidatos nessas eleições.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Júpiter Maçã is back

O cara que deu origem ao primeiro post desse blog (aqui) está de volta e em grande estilo.
Agora, o maluco Flávio Basso, identidade verdadeira da entidade Júpiter Maçã está com um talk show no MTV Overdrive. Simplesmente sensacional.
Papo de maluco com Rogério Skylab


Uma colher de chá para quem ainda não viu essa apresentação do lendário roqueiro gaúcho.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Já comeu frango verde?

Uma ótima opção de almoço aqui perto “da firma” é o marmitex do restaurante Tempero & Arte. Pela bagatela de R$5,00 come-se muito bem, tanto pela quantidade, como pela qualidade da comida.
Mas a graça do negócio está em pedir a “maumita” sem perguntar o que tem dentro. Adrenalina pura véi....


Veja mais no blog Marmitando.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Black Belt Jones

Black Belt Jones é fruto da blackexpoitation, estilo de filme dos anos 70 com temática negra, trazendo personagens como Blackula e Shaft, talvez o mais famoso deles. Abaixo temos a abertura do filme, um primor para os padrões da época, e que marca com o surgimento de nosso Jones Faixa Preta em gande estilo.


Black Belt é uma espécie de Bruce Lee afroamericano com um penteado maneiraço. Dizem por aí que é o verdadeiro de Bruce Leeroy.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

SassTradamus?

Acho que o Sass tinha razão. Aquele programa da Globo que colocaram os Mamonas Assassinas, a quantidade de acessos às cifras da banda da Brasília Amarela, e a própria Brasília Amarela aparecer pegando fogo em Curitiba parecem ser indícios de que estamos no meio de um viral. Mas suponho que seja para um lançamento da Volks para uma nova Brasília, assim como fizeram com o Novo Fusca.

Quer uma "provável prova"? Pegamos no G1:

Brasília pega fogo em avenida de SP

Como podem duas Brasílias pegarem fogo em um espaço de tempo tão curto? Será Sass o novo Nostradamus?

Estamos de olho...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Brincadeira tem limite

Tem gente que parece ter gostado do ARG (Alternate Reality Game) criado para o filme Batman - The Dark Knight.
Esse americano de 20 anos invadiu um cinema e rasgou fotos do Batman. O legal é que ele estava fantasiado de Coringa.

Eu ainda acho que tá mais parecido com o Robert Smith.
Aliás, é incrível a capacidade que os americanos tem de produzir idiotas como esse na mesma medida que a Índia produz suas bizarrices.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Star Wars em 3D

George Lucas é um verdadeiro gigolô. Ele parece não cansar de explorar ao máximo sua puta mais rentável, a série Star Wars. Depois de versões remasterizadas, com novos efeitos, cenas adicionais e o Han Solo atirando depois, o senhor Lucas lançará os filmes em versão 3D.

Tudo bem que foi ele quem criou os filmes e tem o direito de fazer o que bem entender com eles, mas ainda assim fica a pergunta: Qual dos dois é maior, a ganância desse cara ou limite do cartão de crédito dos fanboys da série?

sexta-feira, 18 de julho de 2008

É um viral, Bino!!!

Brasília amarela pega fogo no Juvevê

falando, um pouquinho mais de paranóia e poderíamos dizer que isso é um viral. Para "provar"
essa teoria, bastaria ligar (lógico) a tal brasília amarela aos Mamonas Assassinas que, desde o especial Por Toda a Minha Vida, da Rede Globo, parece ter recuperado as forças não só pelo programa, mas por um provável
revival dos anos 90 que se aproxima. Prova disso é a lista das cifras mais procuradas do Cifra Club.


A banda de Guarulhos está com 5 músicas entre as 10 mais.
Claro, tudo isso é uma brincadeira. Não acredito que essa brasília pegando fogo na João Gualberto é um viral para o lançamento de outra coletânea da banda.
"Mas e se for?" Tem gente que pensa assim e anda por aí desconfiada de tudo e tentando achar viral até onde não existe.

Clássicos de sexta

Como hoje é a estréia de Batman - The Dark Knight, vamos fazer um clássicos de sexta especial.
Nada melhor que o tema de abertura da série dos anos 60. Mas como negócio aqui é róquenrou, ficamos com a versão da The Jam.



E aqui o já clássico Batiman - Feira da Fruta, um belo exemplo de intervenção por parte do consumidor.